NOTA DE PESAR À MORTE DO ESCRITOR COLOMBIANO GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ, "GABO".
Morreu hoje o escritor colombiano, Prêmio Nobel de Literatura em 1982, Gabriel García Márquez (6 de março de 1927 – 17 de abril de 2014) aos 87 anos de idade.
O escritor que ficou hospitalizado desde de o dia 31 de março, por uma infecção pulmonar, de vías urinarias y desidratação, mas havia recebido alta médica há menos de 10 dias.
Sua assistente Mônica Alonso informou à agência mexicana Dpa que eram falsas as notícias que diziam que García Márquez sofreria de câncer e seu médico pessoal afirmou à uma rádio colombiana que seu estado de saúde era delicado devido sua idade, e problemas de saúde recentes.
Jornalista, roteirista, editor e ativista, García Márquez, esteve intimamente ligado às lutas dos povos latinoamericanos contra o imperialismo, a exploração, e as ditaduras. Em suas obras, com maestria e muita imaginação, García Márquez conseguia transpor, por meio de um universo de personagens e situações fantásticas, aonde a fantasia se misturava e confundia com o real, a história dessas lutas, que se estendem até os nossos dias.
Gael Garcia foi amigo intimo de Fidel Castro e esteve pessoalmente envolvido ao longo da história da Cuba revolucionária, fundando, na cidade de La Habana, a Escola Internacional de Cinema e Televisão (EICTV) de San Antonio de los Baños, para futuros profissionais latinoamericanos e africanos, na qual realizou uma oficina que se tornaria famosa, em 1986, Cómo contar un cuento e deu palestras aos estudantes de como escrever um roteiro cinematográfico.
Gabo, como também era conhecido, deixa uma obra rica nos mais variados tipos entre crônicas, contos, novelas, romances, matérias jornalísticas e criticas cinematográficas. Suas obras mais conhecidas são Cem Anos de Solidão (1967) A incrível e triste história da cândida Erêndira e sua avó desalmada (1972) Amor nos Tempos do Cólera (1985), Crônica de Uma Morte Anunciada (1981) entre títulos, que o colocaram ao lado de gigantes da literatura latinoamericana como Jorge Amado, Pablo Neruda, Júlio Cortázar, Alejo Carpentier e mundial como José Saramago, Jonh Steinbeck, William Faulkner, Anna Seghers, John Maxwell Coetzee, Doris Lessing entre muitos outros.